sexta-feira, 19 de dezembro de 2008

Avaliação no Berçário: um processo participativo


A avaliação deve ser entendida como uma prática investigativa e não sentenciva, mediadora e não constatativa. Não são os julgamentos que justificam a avaliação, as afirmações inquestionáveis sobre o que a criança é ou não é capaz de fazer. (HOFFMANN, 2000, p.15).


Sendo assim, acredito ser incompatível com os objetivos da Educação Infantil uma avaliação excludente, classificatória e emancipadora, que subjuguem os alunos como fracassados ou competentes, trazendo a eles rótulos que poderão perdurar por toda sua vida, e não apenas no cotidiano escolar. “Mediante acompanhamento e registro do seu desenvolvimento...” (LDB, 1996), que são feitos de modo continuo em toda prática do educador, que, aliás, pode vir a ser permeada por julgamentos, crendices e modos de valorar e selecionar, o certo ou o errado, o acerto e o fracasso, de acordo com a história de vida e profissional do educador, assim como o modo como ele vê o ensino e a aprendizagem. Por isso, é sempre imprescindível, além da atenção constante e os registros, que o Educador tenha claro as finalidades de estar avaliando seus educandos, sabendo qual a intenção da escola, e sua valia na vida da criança. Torna-se assim de grande valia, além dos registros e observações, uma prática participativa pouco versada na Escola da Infância: o Conselho de Classe.



Conselho de Classe é uma reunião onde supervisores, orientadores, professores e alunos discutem acerca da aprendizagem, seus desempenhos e avaliações. No Conselho de Classe, mais do que saber se o aluno será aprovado ou não, objetiva-se encontrar os pontos de dificuldade tanto do aluno quanto da própria instituição de ensino na figura de seus professores e organização escolar. Desta forma, busca-se a reformulação nas práticas escolares a partir das reflexões realizadas na discussão em conselho de classe. (WIKIPEDIA, 2007)


Esse conceito trazido por um dicionário virtual, não está em todo incompleto, pois realmente o processo avaliativo se objetiva em grande parte por constatar os déficits das aprendizagens e ensino para que se reformule a prática docente, no entanto, acredito que seja preciso completar a essa conceitualização a necessidade de não apontar os fracassos dos alunos e sim seus êxitos e progressos, assim como as intervenções do professor perante as dificuldades que possam ter surgindo durante o decorrer de processo ensino- aprendizagem. Outro aspecto relevante ao conselho de classe é o seu caráter coletivo e participativo. “O conselho de classe ajudaria a resgatar a dimensão coletiva do trabalho docente” (FERNANDES apud. HOFFMANN, 2003). Seria esse, todavia, um espaço rico de trocas entre os professores que atuam com os mesmos alunos, que juntos buscariam estratégias para qualificar as aprendizagens dos alunos afim de atingirem objetivos comuns, auxiliando para o melhor desenvolvimento tanto dos discentes como de seu próprio oficio docente. No conselho de classe são ouvidas as vozes de: professores, supervisores, orientadores e alunos, como perceber o que querem do processo avaliativo crianças tão pequenas, como os bebês? Logo que nasce, o recém-nascido, tendo sua experiência de vida recente, tem seu suporte básico biológico e restrito em significações. No entanto, essas significações irão se ampliando com o contato e as ações que farão com os adultos e seus pares. E as pessoas que interagem com mais constância e vinculo afetivo com os bebês, estão auxiliando a escrever e construir atribuições que vão delimitar quem é esse bebê e que sentidos tem validade em sua vida.


Nascer significa ver-se submetido à obrigação de aprender. Aprender para construir-se, em triplo processo de “hominização” (tornar-se homem), de singularização (tornar-se um exemplo único de homem), de socialização (torna-se membro de uma comunidade, partilhando seus valores e ocupando um lugar nela). Aprender para viver com os outros homens com quem o mundo é partilhado. Aprender para apropriar-se do mundo, de uma parte desse mundo, e para participar da construção de um mundo preexistente.(...) Nascer, aprender, é entrar em um conjunto de relações e processos que constituem, um sistema de sentido, onde se diz quem eu sou, quem é mundo, quem são os outros. (CHARLOT apud. TRISTÃO, 2006, p.48)


Tristão no livro Infância Plural: crianças do nosso tempo (2006, p:48), em um artigo onde fala sobre o trabalho pedagógico com bebês, cita Bernard Charlot que faz alusão da prática educativa como o tornar-se homem, torna-se sujeito. Para essa transformação as mediações e interações são essenciais. Sendo assim, retomo o que havia sido questionado sobre o Conselho de Classe: De quem seria então olhar sensível a auxiliar (como portadores da vontade dos bebês) os educadores a complementar o processo avaliativo? A resposta a essa questão é bastante simples, mas nem por isso tem menos importância no contexto da Escola de Educação Infantil, em especial no ensino dos Berçários. Afinal, quem deve ser a parceira nessa aprendizagem e avaliação formativa deve ser a família. Lugar onde a criança estabelece as principais relações de vinculo e apegos, e que com certeza tem a maior responsabilidade na (de) formação da personalidade desses sujeitos, que acaba influenciando diretamente no modo como interagem, se relacionam e apreendem o mundo e seus saberes. Diante disso, para saber o que pensam os pais sobre a aprendizagem de seus filhos e seus progressos, tanto na escola, como em outros ambientes em que interatuam, é nessessário que os educadores responsáveis pelos Berçários e a supervisão educacional estejam dispostos a escutar o que as famílias tem a dizer sobre a aprendizagem de seus filhos, conduzindo diálogos de modo bastante informal, afim de que os progenitores se sentissem impelidos a darem sua opinião e a dizerem o que pensam sobre seus bebês, avaliando assim também, de seu modo, a prática pegagógica.



As equipes das creches e pré-escolas , apesar de reconhecem a importância do trabalho com a família, costumam considerá-la despreparada e menos competente que o professor, particularmente em se tratando de famílias de baixa renda ou famílias formadas por pais adolescentes. E se aborrecem quando os pais contestam o trabalho da instituição e buscam controlar o que é proposto a seus filhos. (OLIVEIRA, 2007, p.177)


Ao contrário disso, é preciso que a escola reconheça o modo com os pais pensam e que proponha às famílias a participação na discussão da proposta e de seus objetivos, corroborando para que as metas de aprendizagem seja atingidas e (re) avaliadas.



POSTADO POR CLÁUDIA TAPIA SIKILERO



Referências Bibliográficas:
HOFFMAN, Jussara. Avaliação na Pré-Escola: um olhar sensível e reflexivo sobre a criança. Porto Alegre: Mediação, 2006
Wikipédia, a enciclopédia livre. Acesso em out.de 2007.
OLIVEIRA, Zilma Ramos de. Educação Infantil: Fundamentos e Métodos. São Paulo: Cortez. 2007
FILHO, Altino José Martins; TRISTÃO, Fernanda Caroline Dias; RACH Olpna Patricia Freire; SCHNEIDER, Maria Luisa. Infância Plural: crianças do nosso tempo. Porto Alegre: Mediação, 2006.
CARDOSO, Fernando Henrique; SOUZA, Paulo Renato. Lei de Diretrizes e fases – Lei nº 9394/96, Brasilia, 1996.

segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Sou professora de bebês!

Boa tarde!
Nossa! Que vergonha, me sinto ausente demais deste espaço maravilhoso de
aprendiza-
gens!
Contudo estou aqui!!! Apesar de já terem mencionado meu nome por diversas situações nos textos deste blog (obrigada colegas), acho educado me apresentar com civilidade (hehehe): Sou Cláudia, professora apaixonada da Educação Infantil.
Não pertenço mais a Escola Infantil Raio de Sol (pelo menos não em corpo, mas meu coração sempre estará com essas queridas pessoas que fazem parte desta instituição de ensino).
E me sinto devidamente autorizada a dar minha contribuição neste espaço virtual, afinal, além de ter uma relação amorosa com a educação com bebês, Marisete (a idealizadora deste blog) e eu, fomos as criadoras (sem falsa modéstia) de uma transformação mágica e legítima em uma turma do Berçário 1 (no ano de 2007) na Escola Raio de Sol.
"Decidi, quero assumir as responsabilidades de ser docente em uma turma de bebês!"
Quando essa afirmativa começou a fazer parte do meu cotidiano encontrei alguns preconceitos e vi o quanto essa faixa etária carrega forte o prisma do cuidado.
Alguém me diz:
"- Olha bem, fazendo pós graduação para trocar fraldas!"
Outra observação:
"-Que pena colocá-la no berçário, és uma professora tão qualificada."
Fica evidente que para os profissionais da educação, e concebido socialmente, só são valorizados situações de possível ensino-aprendizagem, caso haja produção de materiais concretos. As mediações, as trocas e a relação de afeto entre educadores e educadoras com os educandos do Berçário, por tanto, nesta concepção, não seriam tomadas como aprendizagens, mas apenas como situações de zelo, que poderiam ser desempenhadas por qualquer adulto cuidador.
As instituições de Educação Infantil costumam organizar seu quadro de professores estabelecendo alguns critérios na escolha dos docentes responsáveis pelo Berçário, levando em consideração traços de personalidade e experiência familiar, ou seja, de preferência que sejam professoras, calmas, pacientes, com filhos, mais velhas e com menos formação. Afinal, os professores e professoras mais qualificados necessitam, conforme esse juízo, receber encargos mais importantes, como ministrar aprendizagens e saberes nas turmas de crianças mais velhas e “capazes” de produzirem atividades palpáveis.
Se pensarmos nesse papel da professora como mentora de um espaço agradável, aconchegante, seguro, mas também estimulante e desafiador para cada uma das crianças. Se pensarmos que essa mesma professora respeita os tempos e ritmos dos pequenos, se pensarmos que a base do planejamento dela não são atividades, mas relacionamentos intensos entre todos aqueles que compõem determinada comunidade de educação, podemos afirmar que o papel dessa professora é permitir que as crianças experimentem no contexto da creche. (TRISTÃO, 2004)
A sutileza marca o papel dessa educadora, que deve levar seu ofício com seriedade e qualificação sim!!! Observando e sendo atenta a particularidade de cada bebê, sem abrir mão da práxis em seu fazer pedagógico e cuidador, pois quanto mais (in) certezas moverem sua capacidade de ver os educandos, mais apta estará para desenvolver seu olhar em relação a eles e as necessidades de flexibilização no ambiente educador.
REFERÊNCIAS:
TRISTÃO, Fernanda Carolina Dias
Acesso em nov. de 2008
Postado por Cláudia Tapia Sikilero

terça-feira, 21 de outubro de 2008



A música é muito importante para a interação da criança com o meio, ajuda a criar vínculos com os bebês. E o violão é um parceiro muito especial, apesar das educadoras só tocarem "pedrinha n'água"!rsrsrsr
Brincadeiras a parte o som das cordas chama muito a atenção dos pequenos que logo formam uma rodinha para acompanhar a cantoria! E se deixar o violão no chão, todos se arriscam a tocar. Não é por nada que nosso violão agora só tem 3 cordas!!!




Esse era nosso cantinho para acomodar os bebês menores. Colchonetes no chão, nossa "centopéia", a calça pedagógica e os móbiles (com chocalhos, balões, bichinhos de plástico) pendurados no forro da sala e ao alcance das mãos dos bebês. Esse cantinho muda de lugar toda semana, variando conforme a necessidade de exploração das nossas crianças.


O "mosquiteiro" de tule é muito apreciado pelos nossos bebês. Através dele, muitos jogos vão sendo criados. Adoram brincar em pares de esconde-esconde, dando inúmeros gritinhos quando descobrem o rosto do colega que se escondeu atrás do tule!
Esse recurso nos proporciona o trabalho de ausência temporária, nos ajudando inclusive no processo de adaptação, já que percebem que o que desaparece logo poderá retornar. Além disso, o tule dá uma sensação gostosa nas mãos e muitos também o levam à boca, não esquecendo que é por ela que nossos pequenos começam suas primeiras descobertas!!!!
QUANTO TEMPO HEIN??????????!!!!!!!!!!


Então, o fim do ano se aproxima, começamos a fazer aquele montão de coisa que deixamos para trás, finalizações de projeto, relatórios das crianças, e mais nossos projetos pessoais (que no meu caso é meu TCC!) e o tempo fica curto, mas no fim tudo se ajeita!!!

Selecionei algumas fotos de materiais que temos na nossa sala e farei um breve comentário:

Pneu de carro forrado com tecido, possibilitando a posição sentada para os bebês que ainda não sentam e também serve de obstáculo na sala (os bebês entram e saem do pneu livremente).



Uma visão dos materias dispostos na sala.

sexta-feira, 19 de setembro de 2008

Perdas para a Raio de Sol!

Esse último mês não tem sido muito legal para o nosso grupo de educadoras....
Há poucas semanas a professora Adriana foi trabalhar em outra cidade e agora a Cláudia (parceira no trabalho com os bebês) também vai deixar nossa escola...
Nem gostamos de pensar sobre isso, criamos vínculos muito grandes, rimos juntas, brincamos, brigamos, fizemos festa mesmo quando não tinha festa....E os lanches e a falta deles (quem aí tem pão, margarina, leite, café!!!), a hora do intervalo nunca mais será a mesma...
Mas sabemos que tudo é para um bem maior ( Soube que a Adri agora chega em casa as 18h30 min, que inveja!!!) e a Cláudinha vai ser minha conterrânea (vamos fazer compras juntas, como quando compramos o meu All Star roxo!), além disso agora ela vai ter mais tempo e vai postar no nosso blog!

ADRI E CLAUDINHA


SENTIREMOS MUITO A FALTA DE VOCÊS DUAS!!!!

terça-feira, 2 de setembro de 2008

PARA PENSAR NO TRABALHO COM AS TURMAS DE BERÇÁRIO:


"Até aqui, nossa prática tem sido marcada por crenças (ou descrenças) bastante limitadoras inspirando uma atuação nos moldes médicos e familiares e amparada numa noção de cuidado bastante pobre e restritiva que se coloca muito mais a serviço do automatismos e dacomodidade dos adultos do que das reais necessidades das crianças." (BORGES, LARA, p. 87)


BORGES, Maria Fernanda Silveira Tognozzi; LARA, Maria Lúcia Martins Pinto. Descobrindo bebês - implicações do trabalho com crianças de 0 ma 1 ano. In: SOUZA, Regina Célia de, BORGES, Maria Fernanda Silveira Tognozzi (orgs). A práxis na formação de educadores infantis. Rio de JAneiro: DP&A, 2002, p. 85-103.

FRALDÁRIO

Sabemos que a troca de fraldas torna-se um momento de contato físico, de toque, de carinho e de brincadeiras e para tornar esse espaço ainda mais propiciador desses eventos colocamos uma barra com figuras para criarmos histórias, desenvolvermos a linguagem (tem bebê que já aponta para a figura e fala "nenê") e a acuidade visual.
Também temos um móbile acima do trocador, colocado de forma que o bebê possa agarrá-lo. Esse móbile é sempre diferente: pode ser um ursinho, um ioiô luminoso, uma mola maluca, um chocalho ou até um balão.

REDE!!!

Essa rede é tudo de bom!!!!
Uma oportunidade para um contato mais particular com cada bebê, onde podemos dar uma atenção especial, cantarolar musiquinhas, fazer brincadeiras mais individuais num embalo gostoso que só a rede proporciona.
Também é um lugar mais reservado para momentos em que eles estão mais chateados (bebês também gostam de ficar pensado com os seus botões!). Assim proporcionando na sala espaços de interação coletiva e também de privacidade.
OBS: Embaixo da rede colocamos colchonetes e acima alguns móbiles para manipulação.

CALÇA PEDAGÓGICA!!!

Essa é a calça pedagógica! (Confecção da profª Marlene)

Ela foi enchida com retalhos de lã e fibra e após costurada. Nessa calça nós tiramos um pouco das pernas para que ela ficasse mais curta (ficou quase um calção!). Também colocamos alguns estímulos, como bolsos, cordões soltos e barbantes com brinquedos para manipulação. Os bebês que ainda não sentam têm na calça uma ótima oportunidade de interagir de uma melhor forma com os colegas, também desenvolvem seu tônus muscular, começando um trabalho de controle motor, já que com os braços se seguram nas pernas da calça e começam a fazer força para ficarem sentados. Quado eles começam a ficar sentados sozinhos, a calça é um material que oferece segurança, já que não permite que o bebê caía para trás, nem para os lados.
Ah, alguns bebês também gostam de tirar um soninho nas pernas da calça, deve ser muito bom!!!
Essa outra calça é menos "volumosa", foi nossa primeira tentativa e agora usamos ela para que eles durmam mais aconchegados, ou para colocar no berço (assim dormem um pouco mais levantados), também pode ser usada para livre exploração!


sexta-feira, 15 de agosto de 2008

CAIXA SONORA


Que invenção barulhenta!!!!
Essa é uma caixa em MDF, onde colocamos na sua lateral um alarme com sensor de aproximação (custa mais ou menos três reais), assim quando a criança abre a caixa o alarme soa e quando ela fecha ele para de tocar. Detalhe: o alarme possui um botão liga/desliga para quando não quisermos que ele dispare.
Se está pensando que os bebês se assustaram com essa invenção, está enganado! A caixa fica pelo chão da sala e os bebês tem livre acesso à ela, assim, por vezes ninguém mexe nela (tbm sabem que se abrirem ela vai fazer um barulhão!) e em outros momentos se divertem abrindo e fechando a caixa sem parar!
A intencionalidade pedagógica que tivemos ao bolarmos esse brinquedo foi pensar na solução de problemas como um desafio, repleto de curiosidade e ao alcance das mãos dos bebês.
Já notaram como os bebês gostam de ligar e desligar interruptores de luz? De repente percebem-se como produtores de ações e reações, como com um toque ele acendo uma luz (e o que é luz mesmo?) ou ainda produz um som que só pára quando a tampa da caixa é fechada!
Então é isso....Qualquer contribuição COMENTEM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

terça-feira, 12 de agosto de 2008


Túnel


O TÚNEL DO BERÇÁRIO!

Essa caixa é um túnel fantástico!!! Já temos esse material há 2 anos letivos ele é pintado com tinta óleo para ficar mais resistente a ação dos nossos bebês (bocas e mãos muito ágeis!).
Sua intencionalidade é trabalhar a ausência temporária (quando entra no túnel para onde vão os colegas?), a percepção de espaço (dentro/fora), e a interação entre os bebês, já que é um ótimo começo para as primeiras construções de jogos simbólicos.
Nosso próximo passo será a colocação de fitas numa das saídas, para criarmos uma barreira e vermos qual será o reação dos bebês com a inserção desse material num brinquedo que já estão acostumados a brincar, além disso estaremos proporcionando a manipulação de diferentes materiais, a percepção visual (nas cores das fitas) e solução de problemas (o que será que farão para tranpôr as fitas?)



AMAMOS CAIXAS!!!!!

Essas caixas são os curingas da nossa salinha!!!
São caixas de papelão (dentro colocamos garrafas PET vazias e com tampa), encapadas com papel colorido e protegidas com papel contact ou durex largo.
Com elas os bebês fazem de tudo, até as utilizam como uma espécie de andador, é um ótimo apoio para as primeiras tentativas de se colocarem em pé e começarem a andar. Também trabalhamos com o equílibrio, com a linguagem, com a percepção tátil e visual.
Vale resaltar que não podemos ter medo em deixá-los ousar! Por vezes pegamos nossos pequenos tentando subir nelas, e olha que eles conseguem fazer cada uma...Ficamos por perto para ajudá-los no que for preciso, mas nunca os privamos de fazer uso desses materiais.


quinta-feira, 7 de agosto de 2008

Recebemos esse selinho da amiga Sandra do blog Jardim da profª Sandra.
Obrigado colega!!!!

Com o Prêmio Dardos se reconhecem os valores que cada blogueiro mostra, em cada dia, no seu empenho por transmitir valores culturais, éticos, literários, pessoais, etc. Que em suma, demonstram a sua criatividade através do pensamento vivo que está e permanece intacto entre as suas letras, entre as suas palavras.O Prémio Dardos tem certas regras:

1. Aceitar exibir a distinta imagem
2. Linkar o blog do qual recebeu o prêmio
3. Escolher quinze 15 blogs para entregar o prêmio
Estou repassando o selinho para as colegas dos blogs:

segunda-feira, 4 de agosto de 2008

Sei que estou com as postagens em atraso!!!!!!!!!!Então, tentarei me redimir!
Nos dias 23, 24 e 25 de julho tivemos a Jornada Pedagógica do município de Esteio e este ano tivemos como palestra de abertura o seguinte tema: "Vencendo desafios e construindo o seu futuro" com Eduardo Shinyashiki.
Confesso que adorei, e além de encantar-me com o jeito dele "hipnotisar" nossa atenção, aprendi um pouquinho mais a respeito de algumas coisas que ainda tinha dúvidas na questão da aprendizagem dos bebês:
* A criança sempre tem um novo olhar para tudo (por isso olha inúmeras vezes o mesmo filme!)
*Quando os nossos neurônios começam a "conversar" ocorrem as chamadas SINAPSES, e estas acontecem quando nos sentimos estimulados a fazer, descobrir algo.
* Uma criança de 0 à 2 anos tem mais ou menos 300 trilhões de sinapses no cérebro.
*Uma criança após os 2 anos começa a perder a sua vontade de experimentar (mais ou menos 150 trilhões de sinapses). Provavelmente isso ocorra devido a forte influência que o adulto exerce sobre a criança (homogeneizando, disciplinando)
* E olha só: o adulto tem mais ou menos 30 trilhões de sinapses!!! Somos previsíveis, fazemos tudo mecanicamente.

Dessa parte da palestra pensei que:
* Fazer um trabalho diferenciado com nossas crianças é essencial (chega de modelos!!!)
* E eu enquanto adulto, vou me arriscar mais, descobrir mais, sem medos, sem amarras (quero ter muitas sinapses, como os meus bebês!!!)

Também fiz outras duas oficinas que estavam muito prazerosas (uma na área de educação infantil e outra sobre construção de espaços virtuais!)

domingo, 27 de julho de 2008

MAIS UM SELINHO!!!

Ganhamos esse selinho da amiga Márcia do blog Espaço da Criança!
É um carinho para as amigas blogueiras que investem na proximidade e na partilha de idéias!
Vou oferecer oferecer este selinho para as amigas dos blog's:

sexta-feira, 25 de julho de 2008


Essas fotos foram feitas pela minha colega de escola e de oficina Ana Dora, não ficaram lindas!?
Em breve, vídeos de nossa sala e dos movimentos dos nossos pequenos!

OFICINA (CONSTRUÇÃO DE ESPAÇOS VIRTUAIS)




Estou fazendo uma oficina de construção de espaços virtuais, durante a semana da Jornada Pedagógica da cidade de Esteio-RS.

A partir de agora as fotinhas terão uma nova cara (hehehehe)!!!!

Não ficou uma gracinha?!

domingo, 20 de julho de 2008

PISCINA DE BOLINHAS

Essa é a nossa piscina de bolinhas!
Ela fica o tempo todo na nossa sala e os bebês tem livre acesso à ela, podendo entrar e sair sozinhos. Os menores (que ainda não sentam) tem um maior apoio já que ela é alta, ou podem ficar deitados. Assim, trabalhamos o controle motor e a percepão espacial.
Em algumas bolinhas pequenas fizemos um corte com estilete e colocamos um guizo dentro, deixando algumas bolinhas "sonoras". Também disponibilizamos outras bolas, com tamanhos, cores e texturas diferenciadas, trabalhando a percepção visual, auditiva e tátil.
As atividades com bolas promovem momentos de descobertas incríveis (já viram quanto tempo um bebê fica batendo uma bolinha na outra?), promovendo interação e o desenvolvimento dos pequenos.
No começo do ano, tínhamos que colocar os bebês lá dentro e agora nos surpreendemos quando eles vão sozinhos e em "bandos" até lá. Nos últimos dias eles andam fazendo a seguinte peripécia: entram na piscina e atiram para fora bolinha por bolinha! Imagina o quanto eles não descobrem apenas com esse exercício (força, movimento, espaço-tempo) e também começam a iniciação de seus primeiros jogos, já que brincamos juntos e muitas vezes eles atiram para fora e eu para dentro, instigando-os e fazendo com que cada vez mais atirem as bolinhas para fora.
Vale lembrar que a piscina de plástico é um material de baixo custo e sua intencionalidade educativa esta mais que justificada com esses registros!

NOSSO 1º SELINHO!!!!

E não é que ganhamos nosso primeiro selinho!!!?

Recebemos esse mimo da colega Márcia do Espaço da Criança
http://cantinhoencantadodaeducacaoinfantil.blogspot.com/

Agora temos que indicar 5 blogueiras que visitamos e adoramos muito:

"E o selinho vai para:"

A amiga e colega Verônica (para que ela continue escrevendo sobre o trabalho da supervisão na educação infantil).


A amiga e colega Amábile, que é oficineira e está começando a escrever suas experiências com as oficinas de artes na educação infantil.


Para o primeiro blog que eu vi somente com relatos das práticas pedagógicas com as turmas de berçário.


Para a colega do blog Arco Iris que é um espaço muito fofo e que me ajudou a colocar o relógio e o calendário no blog (coisa de blogueira de primeira viagem!).


E este que eu adoro visitar:




terça-feira, 15 de julho de 2008

1º Aninho do João!


Hoje tivemos a primeira festinha de 1 aninho deste ano!
Parabéns João Vitor!!!

Projeto do Berçário 1 2008


Esse é o registro (uma pontinha!) do nosso projeto, ou melhor das ações que estamos realizando na turma de Berçário 1 da nossa escola.

“DESCOBRINDO E BRINCANDO NO BERÇÁRIO”


JUSTIFICATIVA:
Percebendo que o bebê é um sujeito ativo, capaz de construir o seu conhecimento, pensamos em continuar a qualificação do Berçário, propiciando que essa construção ocorra num ambiente favorável, repleto de estímulos e desafios planejados de acordo com suas necessidades. Através dessa intencionalidade é que justificamos o ato de descobrir e brincar no Berçário.

OBJETIVO:
Propiciar um ambiente repleto de oportunidades que favoreçam o descobrir, o experenciar e o brincar de modo prazeroso e constante, sem barreiras, sem negações, com ações que transmitam segurança, criem vínculos e sejam ricos em sutilezas de ações. Essas descobertas experenciadas no brincar é que irão ajudar no desenvolvimento das habilidades que as crianças estão adquirindo (noção de espaço, consciência corporal, percepções, linguagem, habilidades motoras).

FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
Tendo a idéia de que a infância é uma construção social, caracterizada por uma fase da vida de desenvolvimento físico, cognitivo, psíquico e social, onde se aprende a interagir com o ambiente em que se vive, bem como as regras que regem a sociedade da qual faz parte, não procuramos impor uma aprendizagem, mas buscamos dar a liberdade, para que a criança, através de seu interesse e experienciações, busque os meios de assimilar as novas descobertas. Para tanto se faz necessário que o ambiente seja propício para estas descobertas. Sendo as professoras responsáveis por elaborar um ambiente adequado, objetivado e seguro para este fim.
Depois de passado da fase “invisível’ do Berçário, ficamos comprometidas em construir ações que remetessem a uma atuação mais vinculada as especificidades de cada bebê, percebendo sempre o que nos diziam através de suas diversas linguagens, cuidando para respeitar seu tempo e suas carências.
Através da construção de materiais, da adequação do espaço e da relação diária com os bebês, descobrimos:

[...]A aprendizagem é uma atividade cooperativa e comunicativa, na qual as crianças constroem conhecimento, dão significado ao mundo, junto aos adultos e, igualmente importante, com outras crianças: por isso enfatizamos que a criança pequena como aprendiz, é um co-construtor ativo.(DAHLBERG, MOSS e PENCE, 2003, p. 72)


Ao planejarmos as diversas oportunidades de as crianças realizarem novas experiências levamos em conta: o que será experiência para cada uma delas? O que vai tocá-las? É importante para a criança ou é apenas uma atividade planejada pela professora sem levar em conta os interesses e os modos de pensar e agir dos pequenos? O que se planeja está pautado nos jeitos de ser e de se expressar daquelas crianças? Respeita os seus tempos? A proposta tem a intenção de ampliar e enriquecer o repertório cultural, cinéstico, afetivo, relacional dos pequenos? (TRISTÃO, 2006, p. 52)
Continuaremos pautando nosso trabalho (qualificação do espaço e das ações) no que Galardini e Giovannini (2002, p. 118) dizem:


“O que costumamos chamar de ambiente generoso é o tipo de ambiente que resulta não somente da riqueza e variedade dos materiais oferecidos, mas também das atitudes dos professores, implícitas no cuidado com que os materiais foram procurados, escolhidos e oferecidos ás crianças. Trata-se de uma atitude generosa, que se caracteriza pela atenção e escuta constantes por parte dos adultos que sabem observar, oferecer coisas e fazer isso na medida e nos momento certos.”

EDUCADORAS: MARISETE, MARLENE E SABRINA / JULHO DE 2008

quarta-feira, 2 de julho de 2008

CURSO DE FORMAÇÃO



Ontem, eu e a professora Cláudia, fomos apresentar o Projeto do Berçário do ano passado na cidade de Canoas, para as professoras das turmas de Berçário da rede municipal que estavam em formação.
O que mais gosto é das trocas de experiências que fazemos. Falamos como começamos o nosso trabalho, como pesquisamos, criamos, teorizamos e em troca temos muita colega elogiando, indagando e falando da importância de um novo olhar sobre as práticas do Berçário.
Percebi que além das fotos trazidas na nossa apresentação de power point, os vídeos gravados neste ano, mostrando toda a liberdade que os bebês tem dentro da sala e de como cada um é respeitado nas suas especificidades, foi muito instigador, levando-as à muitas perguntas e fazendo com que percebessem melhor o nosso ambiente de sala de aula.
No relato, deixamos o endereço do blog para elas, se alguém dessa turma estiver dando uma espiadinha aqui, por favor não deixe de comentar!
Até mais!!!!!!!


segunda-feira, 30 de junho de 2008

CINTURÃO SONORO



Bebês que ainda não sentam, brincando no "cinturão sonoro", trabalhando assim o movimentos dos braços, a percepção visual, tátil e auditiva. Além de servir como auxilio na fase oral (descobrem tudo pela boca!).
O brinquedo consiste num cordão (com um pouco de elasticidade), com vários brinquedos amarrados (chocalhos, ursinhos, mordedores, molas-malucas). O mais importante é que os brinquedos devem ficar numa altura em que as crianças consigam pegar.